sexta-feira, 27 de junho de 2008

Sincronicidade...

Tava lendo o blog de Denis e o assunto tem muito a ver com meu caminho atual. Ia responder por lá, mas, como ia ficar enorme e resolvi me aprofundar mais no assunto, vai por aqui.

Antes das minhas milhares de divagações, convém conferir o post dele, pra entender esse papo de doido que comecei aqui. Ta aí o link:

http://uaderrel.blogspot.com/2008/06/carencias-estupidas.html

Interessante...

Essa conversa toda tem sido parte da minha reflexão nos últimos meses, só que comigo no pólo inverso... Como só posso falar de mim e do que sinto, me desculpe se tiver muitos eus e meus, apesar do motivo inicial não ser um texto meu, é só uma maneira de trocar experiências. ;)

Bom, não sou a pessoa mais indicada pra falar em presença, exceto na tua Vida (de Denis), uma das poucas, inclusive... Mas posso falar bem sobre ausência, que, na realidade, acho que é justamente o contraponto que te falta.

Primeiro deixo claro que estou falando de mim, não quer dizer que com você seja assim. Mas o fato é que reconheci dois aspectos que me faziam muito dependente das pessoas, A- muito mais presente na vida delas e B- desejosa de que fossem mais presentes na minha.

A- acontecia pela insegurança inerente à todo ser humano e o enorme desejo de aprovação que necessitava (e que, necessitamos todos nós, infelizmente). Não que isso tenha se extirpado completamente, quem dera, mas, já melhorou muito... Além da ciência de que não vou agradar a todos, nem preciso e nem devo, mas, que agradar a mim, ser leal a mim e aos meus sentimentos é fundamental.

B- acontecia pela minha incapacidade de estar no meu silêncio, de me encarar completamente, de ser minha companhia e minha melhor amiga. Ainda estou nesse trabalho e sei que vou passar nele toda a jornada. A vida se encarrega de nos levar ao que precisamos aprender, ainda que à força. Foi o que aconteceu comigo. O fato de não estar trabalhando me fez ficar a maior parte do tempo sozinha em casa. No começo, eu vinha para a net, passava o dia no Orkut, MSN e telefone. Tudo para evitar o confronto comigo mesma... Foi um longo tempo assim. Quando a coisa estava esmorecendo, eu quase me entregando, meu pai voltou para casa. Ele que sempre fora grande amigo, já não era mais como antes, mas, mesmo reclamando de mim e da vida, era companhia. Quando ele faleceu senti falta até das reclamações...

Depois disso, não teve jeito, era eu e eu. E foi aí que a coisa ficou boa. Quando a gente perde alguém que ama muito tem duas opções, ou cai no drama e deixa a vida acabar mesmo estando vivo, ou vê que a gente só tem a gente mesmo e precisa estar bem com essa única companhia que se tem de verdade...

Eu fui pra segunda opção. No começo com muita estranheza, pq foi natural demais. Cheguei até a sentir culpa ao perceber... Eu não pensei pra tocar a Vida, nem para me sentir como me senti, nem pra continuar no sorriso e alegria que são meus. Era estranho, sentia que ao mesmo tempo meu pai sempre esteve (e ainda estaria) e nunca esteve comigo... Já vai para um ano e meio que ele se foi, e eu ainda não consigo explicar como é isso, mas, esse sentimento continua... Quando me lembro dele ainda é com alegria na maior parte das vezes, sou capaz de falar nele brincando e rindo. Só choro quando bate a carência daquele colo. Geralmente quando falho comigo e ainda preciso de alguém. É que ele foi por muitos anos a pessoa que mais me conheceu e que mais me apoiou na Vida. Hoje há outra, felizmente. Outras até, na medida do que permito, mas, “o primeiro Amor a gente nunca esquece”. E o meu foi ele... Tive de transferir a minha referência de proteção dele pra mim, mas, tem dias que ele ainda vem primeiro... É raro, mas, acontece, sim, sinto falta daquela sensação de aconchego. Como não tem mais, me aconchego em mim. Sei que posso ter o carinho dos outros, mas, não vejo sentido nisso se não tiver o meu... Eu quero estar por que quero, não por dependência. É mais digno assim...

Então, parece que me desviei do assunto, mas não. É que isso é muito profundo e dá muitas voltas pra se concluir.

Mas foi assim, eu precisei perder pra ganhar. Perdi o apoio do meu pai pra ganhar o meu, pra ganhar coragem, pra entender que as pessoas não estão aí pra sempre, que as pessoas têm o caminho delas, seja a morte, seja uma mudança pra longe, seja o rompimento de uma amizade, seja só a ausência, temporária ou permanente... As pessoas têm sua própria Vida pra tocar, uma jornada pra seguir, elas não estão o tempo todo à nossa disposição.

Tá, mas e tudo isso não te fez querer estar mais perto das pessoas, querer mais tempo com elas? Você pode estar se perguntando isso agora.

Minha resposta é: NÃO! Aprendi a aproveitar o momento, quando estou com alguém, quero estar com essa pessoa, me divertir com ela, me doar a ela, senti-la. Isso acontece numa troca de olhares, um abraço, palavras rápidas ou uma longa conversa. Depende do que se dispõem em tempo, inclusive.

E essa vivência me fez tão bem, estou gostando tanto de estar em minha companhia, que estou tirando o atraso. Descobri em mim um mundo interior tão rico que tenho até de prestar atenção pra não ficar tempo demais nesse “autismo” voluntário...

Acho muito lindo quem saiba se dedicar a uma amizade, ser solidário, se fazer presente com constância. É muito lindo, mas, não sei se é possível. Pra mim sei que não é. Descobri que não gosto de hora marcada, que tem idéias que acho ótimas, mas na hora quero outra coisa, que amar não requer grude e mais um tanto de outras coisas. Há quem diga que já fui mais meiga, que estou fria... Não sei se sou ou estou, só sei que agora é como me sinto e simplesmente não consigo forjar sentimentos.

Estou feliz pq hoje me sinto mais capaz, mais livre, acabou o apego. O criar expectativas diminuiu muito, pq quando tive noção de quem sou e como me sinto, fui capaz de ver que as outras pessoas são diferentes de mim, que sentem e agem diferentemente de mim. Que não dá pra exigir que elas queiram vivenciar o mundo, a amizade, o Amor, a Vida e a morte da mesma maneira que eu. A noção de eu, de ego dá noção de individualidade e isso é libertador.

Não dá pra desconsiderar o fato de que ao mesmo tempo que somos individuais, as escolhas também influem no coletivo, na Vida dos mais próximos. É para isso que temos consciência, é por isso que precisamos estar atentos aos nossos atos. É por isso que não vale à pena prometer o que não se pode cumprir. As pessoas acreditam e contam conosco em dimensões que não nos são possíveis, cabíveis, ainda que desejássemos... Não dá pra se responsabilizar pelo outro, pelo que ele vai sentir. Só dá pra deixar tudo o mais claro quanto se sabe de si. O que não se sabe, aí paciência, revela-se conforme a descoberta...

Eu fico pasma com as pessoas que teimam em achar que NÃO PODEM magoar ninguém, que isso é motivo para martirizar-se. É possível não magoar alguém?! Mas, isso já é outro assunto que fica pra outro post...

Bem, pra começar é isso, não vou fechar o assunto pq cansei de falar sozinha, vamos ver se alguém mais quer falar. Tem mais assunto, mas, deixa pra depois, ou melhor, deixa pra vocês.

Ah! Descobri uma ótima aplicação pros meus textos: tratamento de insônia. : P

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Pra aquecer...



Meus neurônios estão congelados... Brrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!!!!!!!!!
O que você faz pra esquecer o frio? Ou, pelo menos pra aproveitar o dia, apesar dele?...
(Para ver a imagem em tamanho maior basta clicar sobre ela.)



domingo, 22 de junho de 2008

Funciona?!







Basta meia hora assistindo a qualquer noticiário da TV para concordar... :(
Há solução, ou pelo menos sinal de melhora? Como?
(PS.: Clique sobre a imagem que ela aumenta.)

sábado, 21 de junho de 2008

Leis...





Algumas são só pra constar, já outras, são infalíveis!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Disciplina...




Alguém aí tem?
Conhece algum método para se chegar lá? Tem paciência para tentar me ensinar?!
Afe! Tô tentando, mas eu adoro vagabundear e fazer as coisas no meu tempo... Tem objetivos que quero alcançar, são importantes para mim. A questão é que, toda burocracia necessária pra alcançá-los me parece tão chata...
Eu quero ver muitas paisagens. Tô com uma curiosidade incrível, uma vontade enorme de fazer mil coisas, que tomam o tempo que tenho de utilizar nesas burocracias que me levarão onde quero. Como conciliar? Hora marcada resolve pra você?
Sugestões?! Tô aceitando com a maior boa vontade! ;)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Mutabilidade, flexibilidade, resiliência...


Características cada vez mais necessárias para o convívio. Estou cada vez mais em busca delas. E noto que já ganhei um bocado nessa busca, já aprendi muito, criei mais espaço para crescer com essa conquista.
Conquista diária, da qual só poso me orgulhar de já ter ganho em alguns per cento e em algumas áreas da vida. Mas, já é algo a se celebrar...
Pra quem acredita em astrologia, é um fato engraçado, tanto Sol, como Lua e ascendente que me regem estão relacionados com signos de água. Escorpião, Cancer e Peixes, exatamente nessa ordem. É todo um oceano... Não bastasse, no horóscopo chinês, sou boi de água. Nas religiões africanas, filha dos orixás Yemanjá e Ogum Marinho.
E justo a água, de todos os elementos é o que mais me fascina. Desde criança era capaz de passar horas admirando o mar, minha paixão. De passar o dia com os pés mergulhados num riacho a olhar o movimento das águas e pensar na vida...
E não existe nada mais mutável, adaptável que a água. Ela cria e destrói. Quando a temperatura está amena ela é fluida, quando esfria demais; solidifica-se em forma de gelo, quando o calor é demasiado, evapora. Admiro essa capacidade. Essa e tantas outras. Porque ela pode ser colocada em qualquer recipiente e lá se adapta, se molda como que quase fosse parte do objeto, como um vaso, por exemplo. E no instante seguinte, se despejada, toma outra forma. Tem a forma que for necessária, sem jamais deixar de ser água. Ela nutre, é essencial à vida. Há indícios de que toda vida na Terra começou nela. Nós humanos e outros seres vivos temos nossa composição, em mais da metade, dela. Com sua ajuda, preparamos uma série de alimentos que não existiriam sem ela. Nos limpamos, a nós e aos nossos pertences. E que prazer é um banho. Para mim é como que retornar à fonte da vida, revitalizar-me. Tomo banho pra me refrescar, pra me aquecer, pra me acalmar, pra me animar, pra purificar, pra me perfumar e acariciar. Pra me sentir, pra viver. Água é vida, na sua forma mais cristalina e abençoada!
Somos parte dela e ela de nós. Creio então que trazemos em nós as capacidades e a inteligência que ela tem. Por que não experimentar?!
Eu estou tentando. E você?

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Do you?





Sem nenhum deboche, ficar "presa" à um bom livro é uma delícia!
Não como Flit, claro. ;)
Tenho me reencantado com o mundo da leitura, que havia ficado de lado por conta da net. Adoro ler notícias, revistas virtuais ou não, blogs. E com todas essas facilidades juntas num só ambiente, havia deixado em segundo plano o prazer de ter um livro nas mãos. Decidi que não cometo essa bobagem mais!
E você, gosta de ler? Que estilo lhe agrada mais? Conta aí um livro que te pegou de jeito e porque. ;)
Conta o que quiser.
Bóra papear que monólogo não tem graça nenhuma...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Ah! Um viva à liberdade...

Liberdade é passar a mão na bunda do guarda...





Mais apresentável que esse, claro, ou, seria caridade! :P

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Faxina...




Esses dias no silêncio, curtindo a minha presença e a minha companhia, descobri coisas muito interessantes e muito importantes sobre mim.
Descobri que adoro fazer faxina. Não aquela faxina de tirar pó dos móveis, de limpar a casa. Essa também faço, pq é importante para a higiene, para a saúde, para o bem estar e para agradar aos olhos. Já aprendi a fazê-la de maneira mais divertida também, o que facilita. Mas não, não é dessa faxina que estou falando.
É da faxina na mente, nas coisas que a mente manda a gente guardar, desde velhos traumas, palavras mal ditas ou ouvidas, "vexames" até arquivos no computador, lembretes de frustrações, decepções, coisas que fazem mal, pq nos remetem a momentos e sentimentos que não foram bons na sua estréia... Em suma, tralhas, coisas que sequer deveriam ter recebido atenção quando aconteceram, tanto menos tempos, e algumas, muito tempo depois...
Percebi que não perdi minha alma não, nem pedaço e nem parte. Ao contrário. Ela sempre esteve aqui, viva, gritando. Eu não a ouvia, pq ela estava soterrada, metida nos escombros de tanto entulho dos anos... Era muito o que tirar da frente. Ela estava coberta pelo passado, pelo medo do futuro, pela ansiedade, pelas ilusões que criei, que claro, viraram desilusões. (Esse é o único destino das ilusões)
Também estava coberta pelo medo do futuro, pela ansiedade, pela abofabação, pela indecisão. E pior de tudo, pela vida dos outros. O problema dos outros, a vontade dos outros, as expectativas dos outros a meu respeito. Um monte de gente de quem eu gosto e outro tanto que não. Gente que ainda é presente, gente que não vejo há milênios, gente até que já morreu... Mas, todas vivas aqui dentro.
Quando olhei pra essa multidão, vi que não havia espaço para mim. Minha alma estava sufocada, pq aquilo que não é seu ocupa mais espaço, pq não tem o seu tamanho. Claro, não te pertence! A sua medida é só sua.
Quando comecei essa faxina, vi que não estou deprimida coisa nenhuma, não estou sem rumo. Estava só sem ar, mas já passou. Eu ia e de repente voltava, finalmente parecia que ia decolar e caia... Claro, ainda havia aqui muito que não era meu. Soltei!
Estou leve.
Amo as pessoas, mas, aceito que são como são. Aceito que a opinião delas não pode fazer nada por mim, nem a minha por elas. Então, me liberto delas e as liberto de mim.
Eu só vivo comigo aqui dentro. E assim que é o certo.
Amo as pessoas, mas, os problemas delas são os problemas delas. Eu não tenho nado com isso. A hora que dormem, a hora que acordam, o que comem, se se cuidam ou não, não é da minha conta!
Eu solto, desprendo de mim todas as pessoas, todas as coisas, todas as situações. E o que não me faz bem, não pego de volta não. O que não me faz bem, que vá com D'us!
Não me conte seus problemas, eles não são da minha conta! Eu não sou uma pessoa baixo astral. Eu não vou resolver seus problemas. Me empenho em resolver os que surgem na minha vida, e está bom demais.
Posso até te dar uma palavra, mas, sem me envolver. Isso se eu tiver alguma que seja boa. E se eu quiser. A minha verdade não é a mesma que a sua. Estamos em experiências totalmente distintas, o que me serve não necessáriamente serve a você.
Está triste? Eu sou aquela que pode rir com você, ajudar a esquecer. Brincar. Eu sou da farra, da alegria, do riso solto, da palhaçada. É assim que eu posso ajudar. Pensar demais no que é ruim não resolve, só atrapalha.
Eu optei pela leveza. Eu optei por ser feliz!
De agora em diante é assim.
O que não é bom, nem vi e já passou! melhor mesmo é deixar passar.
E sinto muito, se a pessoa não me faz bem, se me faz sentir mal, vai pra geladeira mesmo. Até a situação passar, a energia melhorar... Eu não sou obrigada a conviver fora da minha faixa de sintonia não. Eu quero é luz. Paz interior!
Isso não é utilitarismo, é auto-respeito.
Engraçado, depois de fazer a faxina (que sei, de tempos em tempos terei de refazer, pq não guardar é treino, antes de mais nada), refleti nisso tudo e me apareceu essa frase, cujo autor desconheço:
"Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável, pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama amor-próprio."
Pra mim foi uma piscadela de vida, dizendo que estou no caminho certo.
Amém. Pq é por esse que eu vou! ;)


OBS: Hoje é sexta-feira 13.
Adoro 13. Meu número de sorte. Nasci num 13.
É sempre um dia especial, principalmente quando sexta-feira. Hoje não poderia ser diferente.
Essa reflexão e os resultados dela farão a diferença em toda minha vida! :)

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Um carinho especial pro meu namorado...

A música é uma delícia e o clip bem maluquinho.
O carinho é em especial pra Denis, mas, vocês também podem curtir o clip, claro. E comentarem o que quiserem.
Aliás, carinhozinho pra vocês também, meus queridos. E feliz dia dos namorados, todos os dias, pq amar e namorar, quanto mais, melhor!





Mad about you - Hooverphonic



I'm mad about you, Denis! ;)
TE AMOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!
Beijo nessa tua boca.

Homenagem a todos os namorados







Tudo tem seu tempo.
Cada um tem o amor que merece...

quarta-feira, 11 de junho de 2008





A física não me socorreu
Conheço de cor todas as causas e efeitos,
ações e reações,
mas não encontro o meio de quebrar essa cadeia,
de renová-la.

A música não me socorreu
Conheço as notas musicais e seus acordes,
sustenidos e bemóis,
mas não encontro nova frase pra sair do minimalismo,
transformá-la.

A pintura não me socorreu
Conheço as cores, as matizes, os pincéis, os pastéis,
os conceitos e algumas técnicas,
mas não encontro o tema para
completá-la.

Eu conheço tanto de tudo e de nada,
de mim todas as histórias,
carrego todas as memórias,
mas não encontro minha alma
para vivê-la.

Alguém a viu?
Rogo que volte,
que grite, que xingue, que me beije ou bata,
se nada disso, que ao menos mande sinal de fumaça,
para que eu possa resgatá-la.


Trilha sonora: Socorro - Arnaldo Antunes

terça-feira, 10 de junho de 2008

Caminhar...




Cansar o corpo e relaxar a mente.
Tinha me esquecido como gosto tanto disso...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Hãn?!


Se reputação fosse algo pra se manter impecável, não teria puta metida no meio.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Dia Mundial do Meio Ambiente

Não sei se pra vocês vai confundir ou ajudar, mas aí está...
Concordo com o autor.

Populismo jurídico não salvará a Amazônia

JOÃO GRANDINO RODAS


Pareceres e interpretações de eficácia duvidosa serão perda de tempo e cortina de fumaça, com prejuízos para a economia nacional

DIANTE DAS mudanças climáticas que desafiam o futuro da humanidade e das crises alimentar e energética, que já se fazem sentir, o ponto mais importante da agenda, tanto dos Estados quanto das mais poderosas organizações internacionais, governamentais ou não, passou a ser o equacionamento entre a preservação ambiental, o aumento da produção de alimentos e a descoberta de novas matrizes energéticas.
É indubitável ser essa uma difícil tarefa, mormente por despertar sentimentos muitas vezes antinômicos entre si, como segurança nacional, defesa da soberania nacional, medo da ocupação do território nacional, xenofobia, indigenismo e fervor verde, que podem facilmente alimentar o populismo político de todas as cores e tendências.
Insere-se nessa complexa problemática a manchete da Folha de 29/5 ("Brasil vai limitar terra para estrangeiro"), sobre a pretensão do governo de impedir uma "invasão estrangeira" do Brasil, sobretudo da Amazônia. A solução jurídica aventada para impedir a compra de terras por empresas brasileiras controladas por capital estrangeiro foi a emissão de parecer pela AGU (Advocacia Geral da União) fixando limites para tais aquisições.
Para entender o problema, é necessário analisar, ainda que sucintamente, o estado atual da legislação e da doutrina brasileiras sobre a matéria. A base de nossa legislação agrária é a lei nº 4.504/64 (Estatuto da Terra). Seguiu-se a lei nº 5.709/71, que fixa limitações à compra de imóveis rurais por pessoa jurídica brasileira com maioria de capital social estrangeiro.
Ambas são leis ordinárias, editadas no período ditatorial, sob a influência da doutrina da segurança nacional. Posteriormente, a Constituição Federal de 1988 diferenciou a empresa brasileira de capital nacional e a empresa brasileira de capital estrangeiro. Essa distinção foi retirada do texto constitucional pela emenda constitucional nº 6/95. Tal emenda não foi fruto de mero diletantismo. Enraizou-se na imprescindibilidade de estimular a entrada de capitais estrangeiros quando da abertura do mercado brasileiro ao mundo.
Parte majoritária da doutrina passou, então, a entender que as limitações da lei de 1971 tinham perdido a vigência. Nessas águas, em 1998, a AGU editou o parecer GQ-181, determinando que pessoa jurídica brasileira, mesmo de capital estrangeiro, não precisa de autorização para adquirir imóveis rurais no território nacional. Passados dez anos, as autoridades querem voltar atrás, percorrendo às avessas o mesmo caminho. Vejamos: a AGU pretende emitir um novo parecer, revogando o seu próprio parecer de 1998 e tentando ressuscitar diferenças que foram enterradas por emenda constitucional.
É impossível resolver, por meio de um parecer da AGU, que possui validade somente no seio da própria administração, esse verdadeiro "imbroglio", com complexos ingredientes de hierarquia de leis e repristinação, ou não, de textos legais. Por outro lado, dificilmente mera interpretação da legislação vigente garantirá a necessária certeza jurídica.
Urge que todos os órgãos governamentais envolvidos na problemática (AGU, Incra, bem como os ministérios do Desenvolvimento, da Agricultura, da Justiça, da Fazenda etc.) participem do debate, para que todas as facetas sejam examinadas e a questão possa ser adequadamente equacionada por meio de projeto de lei.
Nessa tarefa, é importante ter em mente que: 1) todos os princípios fundamentais e todos os objetivos fundamentais da República, estabelecidos na Constituição, devem ser respeitados; 2) uma lei brasileira, mesmo da mais alta hierarquia, não possui o condão de revogar "leis naturais" impostas pela dinâmica do mundo; 3) até mesmo a estabilidade da moeda brasileira depende, visceralmente, do fluxo de capital estrangeiro.
Nas circunstâncias atuais, pareceres e interpretações de eficácia altamente duvidosa, além de não solverem o problema, constituir-se-ão em perda de tempo precioso e cortina de fumaça lançada aos olhos dos cidadãos brasileiros, com graves prejuízos para a economia nacional.
Lembre-se, ademais, que o fato de discriminarmos estrangeiros será usado contra o Brasil por nossos próprios e aguerridos vizinhos, em virtude do princípio da reciprocidade, ínsito ao direito e às relações internacionais.


JOÃO GRANDINO RODAS , 62, desembargador federal aposentado, é diretor da Faculdade de Direito da USP e presidente do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul. Foi presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).


Diante disso tudo, e eu com isso?!

Euzinha? Vou continuar a separar o lixo reciclável pra coleta seletiva, guardar o óleo de frituras pra fazer sabão, reaproveitar a água da máquina de lavar pra lavar o quintal, continuar com todas as ações que já praticava. Em suma, fazer a minha parte e sobretudo, cuidar de mim, que sou o mais essencial ambiente em que vivo.
Cada qual que faça sua parte, que se quem pode não hora não está podendo, hora não assume a responsabilidade que tem, não sou eu quem vai assumir a dos outros.



Limitações não existem,



a menos que se acredite nelas...
Cada vez mais me convenço que a gente está onde se coloca.
Fiquei vários dias digerindo uma notícia que li essa semana, que me deixou muito feliz e me fez refletir em muita coisa...
Segue abaixo a notícia, para quem não viu, depois de lê-la vai entender melhor o motivo das minhas reflexões.


Jovem com paralisia cerebral é aprovada no exame da OAB

Flávia Cristiane, 26, passou na prova do ano passado, que teve só 15,9% aprovados

Após passar na terceira tentativa, ela se tornou a primeira advogada do Estado com paralisia cerebral, segundo a OAB

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Flávia Cristiane Fuga e Silva, 26, tem paralisia cerebral. Com dificuldades motoras e de fala, depende de cadeira de rodas e de ajuda para realizar tarefas como comer e tomar banho.
As dificuldades, porém, não impediram que Flávia se tornasse advogada, após ser aprovada no ano passado no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Considerada uma das mais difíceis do país, a prova de São Paulo teve naquela edição a aprovação de apenas 15,9% dos inscritos. Antes de passar, Flávia prestou o exame duas vezes.
A jovem recebeu ontem a carteira da Ordem, em uma cerimônia em São José dos Campos (91 km de SP), onde mora. Tornou-se a primeira advogada do Estado com paralisia cerebral, segundo a OAB-SP.
A paralisia cerebral é uma lesão de parte do cérebro. No caso de Flávia, foi causada por uma complicação no parto, que provocou falta de oxigenação no cérebro por 15 minutos.
Portadores da doença têm inteligência normal -a não ser que tenham sido afetadas áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e pela memória, o que não é o caso de Flávia.
Nascida em Campinas, Flávia se mudou com a família para São José dos Campos quando tinha um ano e meio. Freqüentou escola especial até os 14 anos. A partir daí, passou a estudar em colégios públicos convencionais.
Em 2001, prestou vestibular para Direito -uma funcionária da faculdade assinalava as opções indicadas por ela- e conseguiu bolsa na Univap (Universidade do Vale do Paraíba). Formou-se em 2005.
"Flávia freqüentava as aulas e prestava atenção às explicações dos professores. Para que pudesse estudar em casa, tirávamos cópia das anotações dos colegas. Já os professores ajudavam na hora das avaliações, preparando provas de múltipla escolha, já que ela não consegue escrever", conta o pai de Flávia, Eliezer Gomes da Silva.
No exame da OAB, Flávia contou com três horas a mais (total de oito) para concluir a prova da segunda fase. O tempo foi aumentado com a permissão da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB-SP.
"Foi uma forma de estabelecer um equilíbrio para que ela pudesse fazer o exame em iguais condições aos demais concorrentes", diz o presidente da comissão, Braz Martins Neto. São-paulina, Flávia gosta de sair, de ir ao cinema e a pizzarias. Desde o início do ano, ajuda o pai em seu escritório de advocacia, especializado em direito de família. Com a ajuda de um programa de computador, escreve peças judiciais, clicando em uma letra de cada vez.
Questionada ontem se estava feliz, Flávia sorriu e concordou com a cabeça. "Ela está conseguindo fazer com que os portadores de necessidades especiais obtenham respeito da sociedade", disse o pai dela.


Colaborou TALITA BEDINELLI

Pois é, quem quer consegue!
Muitas palmas a essa moça corajosa e determinada, que tenha muito sucesso e sirva de inspiração pra muita gente.
Dá muito o que pensar uma notícia dessas... Eu fiquei pensando uma semana antes de me atrever a proferir palavra que fosse. E sei que haverão ainda outros desdobramentos, conclusões mais profundas pela frente. Por hora foi o que estava preparada para entender... Então, bóra lá compartilhar.
O Exame da OAB não é bicho de sete cabeças não. É considerado o mais difícil do país, mas, sem desmerecer a Ordem, não é nada que quem tenha feito o curso não saberia. A menos que hajam faculdades que não cumprem o conteúdo. O que não creio ser comum.
Posso falar, porque fiz a prova e fui aprovada. Os assuntos são pertinentes, as questões claras. As exigências são o BÁSICO que um advogado precisa saber para exercer a profissão. Se não sabe, tem mais é que estudar até passar. Aliás, não foi pra isso que o cidadão foi à faculdade?!
Eu nunca me matei de estudar, terminei a faculdade e lá fui prestar o exame, passei.
O que fiz?! Nada além de ir às aulas, prestar atenção ao que os professores ensinavam. Nem anotar eu anotava. Nunca consegui ter um caderno com matéria que fosse além do segundo mês de aula, quando muito. Prefiro ver e ouvir atentamente.
Não, não sou um gênio. Apenas ouvia atentamente, pq quando estava na aula ESTAVA lá. Fora isso, perguntava quando tinha dúvidas, lia os livros que os professores recomendavam e nada mais.
Sei que a educação decai a cada dia, até pq, fui professora por uma década e acompanhei de perto esse declínio, as ordens para retirar conteúdo das aulas, o nível dos alunos... É o cúmulo. Mas é isso aí. Mais uma coisa que temos pra modificar... Mas, não é disso que trata o assunto e nem é só daí que vem o altíssimo índice de reprovações dos últimos Exames da OAB. Esse índice é um indicador da mediocridade dos estudantes de Direito. Assim como outros exames como o ENEM, o SARESP, indicam a mediocridade em outros estágios do ensino...
Na época que eu fazia faculdade, na minha turma e nas outras, via a quantidade de alunos que faltavam às aulas, muitas vezes estavam dentro da faculdade e deixavam as aulas para irem ao bar no quarteirão de cima... Sim, toda faculdade tem pelo menos um bar por perto.
Haviam os que a gente praticamente só via em dia de prova. O que aprendeu uma pessoa assim?! Se, na faculdade onde estudei, que era conceituada, rigorosa, um dia eles passavam, fico imaginando nas que são mais instituições econômicas do que educacionais... O sujeito pega o diploma, mas não vai advogar enquanto não sanar essa brecha. O que é muito bom, um meio de selecionar profissionais. E mesmo assim a gente encontra uns que não são dos melhores...
Não adianta a instituição ser aclamada como excelente, quem faz o curso é o aluno. Eles nos dão a base, quem quer vai buscar mais, quem não, fica com o que tem; isso se frequenta... Mas a base é suficiente para o exame.
Pois é, tanta gente "normal" anualmente é reprovada. Algumas pessoas, mais de cinco vezes. Conheci várias nessa situação. E Flávia, uma moça com necessidades especiais conseguiu. Não, ela não tem danos intelectuais, mas só a sua condição física já seria motivo para não ter nem concluído o estudo básico. Muita gente por muito menos desiste. E ela foi até o nível superior. Se formou, superou as dificuldades e chegou lá. O que ela tem que, muitos de nós, me incluindo nessa, não temos?
Garra, determinação, foco, objetivos, auto-aceitação sem auto-piedade, força pra superar as próprias limitações. Talvez isso e muito mais. Só ela sabe.
Tá. E nisso tudo, a bonitona aqui pode falar e apontar que o Exame da OAB não é o fim do mundo e se sentir a bam bam bam porque passou?
Não. Olho pra história dessa moça e fico pensando qual é o próximo passo. E olho pra minha e vejo quantos passos ainda tenho pra dar. Quantos já poderia ter dado... Sim, porque passar no Exame da Ordem foi uma passo que dei lá no passado, não demora completa dez anos. E depois, que foi que fiz?O que está fazendo a grande crítica?
Desvestindo a camisa de mediocridade. Assumindo a minha realidade. Esse é meu primeiro passo pra sair de uma vida que não quero mais, que me cansa, me dá tédio.
Sim, estou cansada de estar desempregada. Da improdutividade, da dependência financeira. Dos dias todos iguais. Estou olhando pra todos os empecilhos que coloquei na frente da minha vida profissional. Todo o lixo emocional que carreguei ao longo de anos, muitas das visões distorcidas que tive, das críticas e auto-críticas que nem eram verdadeiras, dos conceitos errados que acumulei desde a minha infância, das situações que vivi, vi, li ou ouvi. Das imagens mentais das pessoas que julgava importantes. Hoje estou ocupada da tarefa de retirar daqui de dentro toda essa tralha e fazer de mim quem sou, viver minha vida como quero. Muita coisa ainda não sei. Pra onde vou? Não resolvi. Não sei. Dou notícias ao longo do caminho.
O que posso dizer é que estou mais feliz, apesar de ainda estar no mesmo lugar, mas estou feliz porque sei que agora ao menos estou tentando.

Achou que essa declaração foi um tremendo queima filme? Que acabou com a imagem que fazia de mim? Problema seu! Não vivo com a imagem que os outros me dão. Eu vivo é comigo, com o que eu sinto, com o que eu sou, principalmente com o que sou pra mim.
Se não te agradou, tchau. Se se identificou ou apenas quer apreciar a paisagem comigo, partilhar momentos, idéias, seja bem vindo(a). Só faço um pedido, não faça expectativas a meu respeito, eu não sou nada do que você pensa. Sou só eu.
Não faça expectativas, porque se você se decepcionar, o problema é seu e não meu. Eu não vou mudar só pra te agradar.

Ui! Que delícia!
Expressar tudo isso foi libertador!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Cof, cof, cof!

De repente isso aqui ficou às moscas...
Não fosse o namorado postar, poderia dizer que este singelo blog está jogada para as traças.
Ah! Bem lembrado, darei jeito nisso!




Eu disse que ia sumir, mas EU, não vocês!
E só um pouquinho.
E cumpri, foi só um pouquinho mesmo!
Cadê vocês?!
Ês?! Ês?! Ês?! Ês?! Ês?! Ês?!


Eco.
Eco, eco, eco, eco, eco, eco, eco. (repete 100 vezes)

terça-feira, 3 de junho de 2008

Olho por olho,

funciona contigo?



segunda-feira, 2 de junho de 2008

Parece piada, mas não é... #3


Incrível! Incompetência e desrespeito ao consumidor agora fazem parte das novas estratégias comerciais?! Ou aqui em casa estamos premiados?!
Na noite desse sábado que passou foi dia de escutar besteira novamente...
Uma simples pizza foi motivo pra aborrecimento. Sim, não exatamente a pizza, mas, o acompanhamento mais banal dela...
Sim, não é a primeira vez que peço na mesma pizzaria e tenho problemas. Besta eu de insistir, mas, das outras vezes foi solucionado rapidamente. Na primeira vez veio tudo certo, na segunda, esqueceram de mandar a Coca-cola, o motoboy foi na padaria aqui perto e me trouxe. Na segunda, nada a reclamar. Na terceira, me mandaram normal, eu só tomo zero, o motoboy foi a outra pizzaria aqui perto e trocou. Valia a pena, pizza boa, preço bom.
Minha insitência foi burrice, pq havia indicado à minha sogra e eles pisaram na bola havia duas semanas, logo na primeira vez, uma hora e quarenta de espera quando haviam prometido meia hora... Queimei a cara e não bastou. Pensei que talvez fosse confusão do momento, não era imcompetência mesmo.
Tentei pela quarta e última vez, esqueceram minha Coca Zero. Falei ao motoboy que, das outras vezes haviam resolvido aqui por perto. O desinfeliz disse que "não podia fazer sem autorização pq escutaria bosta". Começa aí a educação. Como os outros fizeram e ele não podia? Diz que vai buscar lá e já volta.
Quinze minutos de espera, pizza esfriando, ligo lá, a menina diz que ele já estava vindo, que foi abordado pela polícia e estava entregando os documentos. Fome, a gente começa a comer. Mais quinze minutos, ligo de novo, diz que já foi.
Enfim, depois de quarenta minutos, a pizza já terminada fria, chega outro motoboy. Entregou a garrafa e nem se dignou a pedir desculpas. Eu já de saco cheio disse: Muito obrigada, agora, depois que já comi pizza fria. O sujeito olha e faz um muxoxo, nem diz nada... Vai se virando. Eu disse, vocês acabaram de perder um cliente. Fora os que não vão ter nunca, no que depender de mim... O desinfeliz se vira numa cara de panaca e diz "_ Fazer o que?"
Fazer o que, não é?! Serviço ruim é assim mesmo! Disse-lhe para completar.
Fico indignada com esse tipo de absurdo, o pior é que anda cada vez mais comum. Bom que quem não tem competência não se estabelece...
O cardápio deles já deve ter ido pro lixo picadinho, pq saiu daqui ontem, nas mãos do meu sobrinho que adora rabiscar... Aqui em casa, nunca mais!


Ah! Querem saber qual é a bela porcaria?!
Claro que conto, pra ninguém comprar lá, a menos que queira um desrespeito de brinde...
Pizzaria Souza, Av Brasil, 101, Parque das Nações, Santo André - SP.
E tem outra na Mooca, em São Paulo também. Só não posso dizer se lá o serviço é tão ruim quanto aqui, mas, por via das dúvidas melhor evitar...


Dizem que a propaganda é a alma do negócio.
No caso aqui, a propaganda negativa pode levar a alma e todo negócio à morte. Não tenho dó, mereceu, vá com Deus, ou não.