quarta-feira, 15 de abril de 2009

Radiografia




Hoje uma situação me fez notar como a gente reluta em admitir quando erra.
Sim, todo mundo quer ser aceito. E, como nossa fantasia não economiza e a gente não se toca que não vive em nenhum Olimpo, admitir que errou parece fraqueza. E fraqueza é algo "queima filme", logo, quem vai gostar de mim?!
É, essa lógica parece infantil e, talvez todo ser humano seja mesmo um pouco... Engraçado, mas, mesmo as pessoas mais evoluídas têm algum grau desse traço. Por mais que a gente cresça e tenha responsabilidades, por mais que a gente seja comprometido em desenvolver-se, parece que alguns aspectos da lógica e também da psiquê humana não só tomam forma na infância como pouco avançam além de lá.
Bem, não estou falando da humanidade, neste momento, resolvi aos poucos baixar a guarda e assumir que cometi um errinho besta e fiquei toda sem graça... Nada grave, só que numa leitura ao invés de que, meu subconsciente, ou apenas minha atenção, ou melhor, falta dela, acrescentou um m e virou quem. Bobagem? Sim e não.
Sim. Babagem eu ter ficado sem graça, afinal, ninguém apontou o dedo no meu nariz pra dizer que estava errada... E nem que tivesse apontado, é só eu não me impressionar. E outra, não estava fazendo prova nem nada. Na vida é assim, a gente erra, acerta e aprende muito é na base da tentativa e erro mesmo.
Bobagem? Não. Pois uma letrinha, por mais que pareça insignificante, mudou todo o sentido da frase e por consequência o rumo do meu raciocínio e do assunto.
O quanto isso foi importante? Não muito, por se tratar só de um papo informal em uma comunidade de amigos do orkut, não era nenhum teste, não se tratava de ambiente acadêmico. Mas, ainda assim, é chato levar a conversa pra um assunto nada a ver. Às vezes a pessoa que propôs a idéia tinha muito a apresentar e até retomar perdeu o pique. Sinto muito, não era minha intenção... Mas, também não vou me atirar da ponte por causa disso, acalmem-se. :)
A primeira vista, parece uma motivação besta pra render outro post longo feito esse, até pensei em não escrevê-lo logo que abri a página. Aliás, cheguei a fechá-la, por julgar o motivo insignificante e sim, pq assumir claramente um erro, ainda que pequeno, me soou desnecessário. Uma alfinetada no meu orgulho. (Tomara a alfinetada o tenha acertado, assim o dito cujo murcha e quem sabe um dia morre...)
Mas sabe, foi essa coçadinha na orelha que me fez repensar e vir aqui escrever?! Sim, pq pra mim, a escrita é um ato terapeutico, catártico que me faz compreender melhor o processo. Um texto meu nunca sai como a cabeça inicialmente formulou. É onde solto as rédeas, me deixo levar, me perco pra me encontrar...
Lógico que não preciso passar atestado público toda vez que errar, vir aqui tomar o tempo de vocês. Não daria conta e os enjoaria, pq a quota de erros diários é considerável. Humano isso, né?
Mas a situação me mostrou coisas interessantes que, ao menos para mim, vão além do óbvio. Que é bastante saudável e produtivo reconhecer os próprios erros, assim a gente identifica padrões e quebra com eles. E ainda evita que se instalem outros... Só assim posso consertar e pedir desculpas quando possível. Estar atenta para não cometê-los novamente em situação semelhante.
Que a sabidona aqui, que se julga boa interpretadora de textos, precisa prestar mais atenção aos detalhes quando lê. Inclusive reler o texto, o que poderia ter evitado o mal entendido. E se fosse uma prova?
Que prestar atenção aos detalhes não é bom e necessário só quando se trata de leitura, mas também das pessoas e da vida.
Que apesar de saber disso, possivel e provavelmente ainda errarei muito e não preciso me sentir mal por isso. Aliás, é até libertador notar que mesmo errando a gente continua gostado e gostável, e que não há nada de errado nisso. Até pq, a gente releva tanto os erros de quem gosta, pq é tão cruel consigo mesmo?! ...
A não neurar quando acontecer de novo, mas fazer sempre o melhor que posso, nada de acomodação... E a não me apaixonar por uma idéia a ponto de defendê-la inclusive fora do momento dela.
Ah! E a mais importante, que, não importa qual seja minha opinião, ela só importa e se aplica a mim. E, ainda que goste dela, nem sempre será possível que eu aja em consonância com ela. E que isso não faz de mim menos, só me faz humana e livre para escolher. Ufa! :)
Então, por hoje é só, pessoal. :p

6 comentários:

De Marchi ॐ disse...

Confesso que não entendi muita coisa... :o
Mony, o texto me pareceu um pouco confuso, como se tu falasse, falasse e não disesse qual era o lance. Acho que isso reflete o momento e, quando você tiver digerido melhor, a situação com certeza vai ficar tudo mais claro... :)

Vinícius Castelli disse...

Faz tempo que não venho ler.
Saudades

Pepe disse...

Admitir que herramus é terriver mesmo! rssss

Adoro o fundo musical!

Karin disse...

Eu entendi perfeitamente bem! acho que é porque conheço a situação por dentro... rsrs

Eu odeio errar. Principalmente quando o meu erro afeta a vida de alguém. E eu só sei admitir um erro assumindo uma culpa por ele, o que hj mesmo, durante uma reunião de departamento na faculdade, notei que são duas coisas muito diferentes. E culpa é uma grande problema para mim, a ponto de estar me sentindo culpada por sentir culpa! Afe, ninguém merece! Por isso ando com uma frasezinha no meu msn: "A culpa é só a maneira que o seu ego encontrou para fazer você pensar que está fazendo algum progresso moral". Claro que isso é um extremo, mas como estou do outro lado, preciso algo pra contrabalançar... hehehe

Admita seus erros, mas não se remoa por eles. A tortuosidade que eles provocam pode ser justamente o desencadeamento de eventos necessários para algo muito legal acontecer. Já pensou nisso? ;)

Beijos!

De Marchi ॐ disse...

Excelente frase, Karin... hehehehe

De Marchi ॐ disse...

P.S.: Toda vez que vejo essa imagem penso "e a cenoura? Não aparece o esqueletinho na radiografia por quê?"