sexta-feira, 23 de outubro de 2009

"Mulher do futuro será menor, mais gordinha e mais fértil, diz estudo."

Tô falando que sou uma mulher à frente do meu tempo e ninguém acredita! Tá aí, ó! :P
Essa parte do mais fértil, deixaremos para mais tarde e com moderação. Bendita seja a pílula anti-concepcional! (Ah! Não passou a onda vintage de ontem, e euzinha não concordo com o novo acordo ortográfico. Em desacordo com o acordo, fica aí, hífen!)



Então, mas olha só essa pesquisa:

"As mulheres do futuro serão levemente* mais baixas e rechonchudas, terão corações saudáveis e um tempo reprodutivo mais extenso. Estas mudanças são previstas a partir de extensas provas para documentar que o processo evolutivo ainda atua sobre os humanos. "

*Putz! Omitiram o levemente na manchete. Como se não fizesse uma substancial diferença.
Ufa! Já estava me preparando psicológicamente para aceitar que minhas futuras possíveis descendentes seriam a encarnação das obras de Botero.
Afe! confesso que não fiquei muito confortável, (mesmo ciente de que não vou estar lá para ver) com o status de matriarca de uma família "Boteriana." "Botticelliana" ainda tá na média brasileira, vá lá... Mas, "Boteriana" não. É muita abundância desnecessária em tempos de geração saúde, crise mundial, sustentabilidade e o escambau.
Não, não é preconceito contra os gordinhos não, nem efeito da obsessão estética vigente. É que a obesidade já rondou minha família e só quem passa por uma experiência como a que tivemos aqui em casa é que sabe o quanto é preocupante...
Pra quem não sabe, a vida toda vi meu pai se mutilar através da compulsão alimentar. Inclusive, tive até pouco tempo atrás, muitos problemas relacionados à alimentação por conta disso... E, confesso, não foi fácil encarar a perda de meu pai, que foi tão repentina, tão brusca. Ainda não é fácil lidar com ela. Perder alguém tão amado pra obesidade, por uma patologia corriqueira, não fossem as complicações da tal vilã... É, mas isso já é otutro assunto...

"Os avanços médicos significam que muitas pessoas cujas mortes ocorreriam durante a juventude agora vivem até a terceira idade. Isso leva a uma crença de que a seleção natural não afeta seres humanos e que estes, portanto, pararam de evoluir.

"Isso é simplesmente falso"**, disse Stephen Stearns, biólogo evolucionista da Universidade de Yale. Ele afirma que, embora as diferenças na sobrevivência já não possam mais selecionar aqueles com maior aptidão e seus genes, as diferenças na reprodução ainda podem. A questão é se mulheres que têm mais crianças possuem esses traços distintivos, que elas repassariam aos seus descendentes.

**Ufa! Será que junto com a prova de que o ser humano continua em evolução (biológica), há esperanças de uma evolução ética, filosófica e/ou comportamental básica?! Pra melhor, claro, for God's sake!

Para desvendar a questão, Stearns e seus colegas trabalharam com dados do Framingham Heart Study, que trazia o histórico médico de mais de 14 mil residentes da cidade de Framingham, Massachusetts, desde 1948 --que englobam três gerações em algumas famílias.

Passando adiante

A equipe estudou 2.238 mulheres que haviam passado da menopausa, e então cruzaram os dados com as respectivas vidas reprodutivas. Para este grupo, a equipe de Stearns testou a altura, peso, pressão arterial, colesterol e outras características correlacionadas com o número de crianças a que elas deram à luz. Eles controlaram alterações devido a fatores sociais e culturais, para calcular o quão forte é a seleção natural para moldar estas características fisiológicas.

E é muito, segundo se confirmou. Mulheres mais baixas e gordas tendem a ter mais filhos, em média, do que outras, mais altas e magras. Mulheres cujos colesterol e pressão eram baixos também tinham mais filhos, e --não surpreendentemente-- tiveram seu primeiro na juventude e entraram na menopausa mais tarde. A surpresa foi que estas características foram passadas para suas filhas que, por sua vez, também tiveram mais crianças.

Caso a tendência persista por dez gerações, calcula Stearns, a mulher média em 2409 será 2 cm mais baixa e 1 kg mais pesada do que ela é atualmente.*** Ela dará à luz o seu primeiro filho cinco meses mais cedo e entrará na menopausa dez meses mais tarde, em relação à média atual.

***Tudo bem, essa redução não vai fazer tanta diferença "lá em casa" não. "As meninas" (que nem conhecerei, visto que 2409 tá logo ali...) ainda ficarão mais altas que mamãe e um tantinho mais esbeltas que ela também... E olha que a danadinha vai pra 6.2 bem jeitosinha! :D

Decodificação de cultura

É difícil dizer o que direciona para estas características, e discernir se elas estão sendo disseminadas por genes de mulheres, mas, pelo fato de Stearns controlar muitos dos fatores sociais e culturais, é provável que isso tenha resultado em um documento genético, em vez de um trabalho acerca de evolução cultural.

Não é o primeiro estudo concluindo que a seleção natural está "operando" nos humanos atualmente; a diferença é que muitos dos trabalhos anteriores foram concluídos de diferenças geográficas nas frequências de genes, e não de avaliações diretas do sucesso reprodutivo. Isso deixa o estudo de Stearn como, talvez, a mais detalhada medição da evolução humana atual.

"É interessante que o quadro biológico subjacente ainda é detectado sob a cultura", diz ele. Análises a longo prazo de outros conjunto de dados médicos pode jogar mais luzes sobre a interação entre genética e cultura."

New Scientist
2009-10-20




Então, depois de todo esse meu delírio, a conclusão a que cheguei é que, vou me comprometer mais com minha saúde e ficar cada vez mais cibernética e dietética. Sucralósica, meu bem. Sim, pq aspartame já está old fashioned! :P
Ria, mas o papo é sério. Depois de remexer o assunto, as más recordações serviram como estímulo pra me cuidar... Por minzinha e pelos que virão. Não quero passar pra frente gene porcaria! Que eles carreguem consigo pelo menos um ânimo por disciplina. É, e tem mais, um bom exemplo é muito mais eficiente do que os sermões e os gastos com sessões de terapia, acompanhamento nutricional e correlatos, povos e povas!
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!! Mas a pessoa tá muito resoluta!

2 comentários:

Duquesa Diaba disse...

Putz, nem me fale! Meu açúcar está só subindo a cada dia que passa. Aí eu fico triste e como um pedação de bolo.

As mulheres vão engordar UM QUILO em quatrocentos anos? Consigo isso em dois dias, sem muito esforço! (tá, engordei um tantinho, mas não estou uma porca AINDA)

E dos homens, ninguém fala?

PWSantos_2009 disse...

Falando de fertilidade ainda.
Há pouco mais de um ano fui atrás das razões pelas quais não engravidava.
Como as mulheres são injustiçadas! SE você não engravida, a primeira pessoa q eles olham é a mulher!
Queria ver uma pesquisa que falasse como estará o homem reprodutor do futuro. Por que a quantidade de homens jovens, com aparência saudável e jeito de garanhões que vi numa fila com potinho mão para mim foi alarmante.
Acho que o homem féritl do futuro também vai ser baixinho, gordinho e calvo. Por que na fila não vi ninguém com essa descrição.