sexta-feira, 13 de junho de 2008
Faxina...
Esses dias no silêncio, curtindo a minha presença e a minha companhia, descobri coisas muito interessantes e muito importantes sobre mim.
Descobri que adoro fazer faxina. Não aquela faxina de tirar pó dos móveis, de limpar a casa. Essa também faço, pq é importante para a higiene, para a saúde, para o bem estar e para agradar aos olhos. Já aprendi a fazê-la de maneira mais divertida também, o que facilita. Mas não, não é dessa faxina que estou falando.
É da faxina na mente, nas coisas que a mente manda a gente guardar, desde velhos traumas, palavras mal ditas ou ouvidas, "vexames" até arquivos no computador, lembretes de frustrações, decepções, coisas que fazem mal, pq nos remetem a momentos e sentimentos que não foram bons na sua estréia... Em suma, tralhas, coisas que sequer deveriam ter recebido atenção quando aconteceram, tanto menos tempos, e algumas, muito tempo depois...
Percebi que não perdi minha alma não, nem pedaço e nem parte. Ao contrário. Ela sempre esteve aqui, viva, gritando. Eu não a ouvia, pq ela estava soterrada, metida nos escombros de tanto entulho dos anos... Era muito o que tirar da frente. Ela estava coberta pelo passado, pelo medo do futuro, pela ansiedade, pelas ilusões que criei, que claro, viraram desilusões. (Esse é o único destino das ilusões)
Também estava coberta pelo medo do futuro, pela ansiedade, pela abofabação, pela indecisão. E pior de tudo, pela vida dos outros. O problema dos outros, a vontade dos outros, as expectativas dos outros a meu respeito. Um monte de gente de quem eu gosto e outro tanto que não. Gente que ainda é presente, gente que não vejo há milênios, gente até que já morreu... Mas, todas vivas aqui dentro.
Quando olhei pra essa multidão, vi que não havia espaço para mim. Minha alma estava sufocada, pq aquilo que não é seu ocupa mais espaço, pq não tem o seu tamanho. Claro, não te pertence! A sua medida é só sua.
Quando comecei essa faxina, vi que não estou deprimida coisa nenhuma, não estou sem rumo. Estava só sem ar, mas já passou. Eu ia e de repente voltava, finalmente parecia que ia decolar e caia... Claro, ainda havia aqui muito que não era meu. Soltei!
Estou leve.
Amo as pessoas, mas, aceito que são como são. Aceito que a opinião delas não pode fazer nada por mim, nem a minha por elas. Então, me liberto delas e as liberto de mim.
Eu só vivo comigo aqui dentro. E assim que é o certo.
Amo as pessoas, mas, os problemas delas são os problemas delas. Eu não tenho nado com isso. A hora que dormem, a hora que acordam, o que comem, se se cuidam ou não, não é da minha conta!
Eu solto, desprendo de mim todas as pessoas, todas as coisas, todas as situações. E o que não me faz bem, não pego de volta não. O que não me faz bem, que vá com D'us!
Não me conte seus problemas, eles não são da minha conta! Eu não sou uma pessoa baixo astral. Eu não vou resolver seus problemas. Me empenho em resolver os que surgem na minha vida, e está bom demais.
Posso até te dar uma palavra, mas, sem me envolver. Isso se eu tiver alguma que seja boa. E se eu quiser. A minha verdade não é a mesma que a sua. Estamos em experiências totalmente distintas, o que me serve não necessáriamente serve a você.
Está triste? Eu sou aquela que pode rir com você, ajudar a esquecer. Brincar. Eu sou da farra, da alegria, do riso solto, da palhaçada. É assim que eu posso ajudar. Pensar demais no que é ruim não resolve, só atrapalha.
Eu optei pela leveza. Eu optei por ser feliz!
De agora em diante é assim.
O que não é bom, nem vi e já passou! melhor mesmo é deixar passar.
E sinto muito, se a pessoa não me faz bem, se me faz sentir mal, vai pra geladeira mesmo. Até a situação passar, a energia melhorar... Eu não sou obrigada a conviver fora da minha faixa de sintonia não. Eu quero é luz. Paz interior!
Isso não é utilitarismo, é auto-respeito.
Engraçado, depois de fazer a faxina (que sei, de tempos em tempos terei de refazer, pq não guardar é treino, antes de mais nada), refleti nisso tudo e me apareceu essa frase, cujo autor desconheço:
"Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável, pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama amor-próprio."
Pra mim foi uma piscadela de vida, dizendo que estou no caminho certo.
Amém. Pq é por esse que eu vou! ;)
OBS: Hoje é sexta-feira 13.
Adoro 13. Meu número de sorte. Nasci num 13.
É sempre um dia especial, principalmente quando sexta-feira. Hoje não poderia ser diferente.
Essa reflexão e os resultados dela farão a diferença em toda minha vida! :)
Marcadores:
À inconquistável constância do ser...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Boa sorte! :)
Eu descobri um cadáver na minha última faxina mental. Agora só me resta decidir se devo organizar o velório novamente ou se já posso passar direto para a cremação. :P
Aliás, amei a empregada da charge! Um verdadeiro exemplo! Vou emoldurar e dar de presente à minha faxineira... quem sabe assim ela ao menos se toca de limpar embaixo do sofá. ;)
Beijinhos e uma excelente jornada pra ti.
Karin
E eu pensando que a "." não trabalhasse no IML... :^O
Ótima charge! Picasso precisava de uma dessa! heheheh
Obrigada, Denis. ;)
É ótima mesmo, do Quino. Quem mais pra aprontar uma dessas?! :)
Karin, minha linda, direto pra cremação, sem rito nenhum mesmo e de preferência com as cinzas jogadas pela privada de um lugar bem longe de onde vives. ;)
Tralha a gente tem mais é que deixar ir sem peso de consciência.
Boa sorte!
Ah! E uma faxineira dessas pode cobrar o quanto quiser, que merece!
Quero uma dessas pra mim!
Postar um comentário